quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Transformar lixo em energia limpa?

PROCESSO INÉDITO NO BRASIL (13/10/2008)
Máquina transforma lixo em energia limpa.
Transformar quase todo tipo de resíduos sólidos industriais ou domésticos em energia limpa. Com esta proposta, a empresa de engenharia Italiana Piromak pretende entrar no mercado brasileiro, através do Ceará. O funcionamento da máquina acontece pelo desenvolvimento do processo do gasogênio e transforma, através da separação por fogo, o lixo em um tipo de gás semelhante ao metano. “Qualquer motor ou turbina, com uma simples adaptação, pode transformar esse gás em energia elétrica limpa, sem emissão de gases”, garante o engenheiro Domenico Tanfoglio, administrador da Piromak. Os contatos iniciais para possíveis parcerias com investidores cearenses já foram iniciados e um grupo de empresários do Estado promete que, ainda este ano, criará a Indústria de Desenvolvimento Tecnológico Avançado (IDTA), que será instalada em Fortaleza para representar a Piromak. “Além da representação, a empresa italiana tem proposta para abrir uma fábrica na Capital cearense para montar a máquina de transformação do lixo em energia”, adiantou Delano Chaves, um dos sócios da IDTA. Ele explica que o processo realizado pelo equipamento é utilizado há mais de 10 anos na Itália e Rússia, mas ainda é desconhecido no Brasil. “A máquina é patenteada pela Piromak. No País, o processo é inédito e pode revolucionar o mercado de resíduos, uma vez que o equipamento tem condições de processar insumos de coco, casca de castanha de caju, bagaço de cana-de-açúcar e até pneus usados”, estima Chaves. Na semana passada, o administrador da Piromak e o sócio da IDTA apresentaram a máquina italiana para o diretor do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ricardo Fialho Colares. “Ainda estamos na fase de reuniões. Nada foi concretizado, mas a Universidade enxerga uma possibilidade de desenvolver a máquina”, comentou Colares. Ele afirmou que a maior vantagem do equipamento, além de ser uma fonte alternativa de energia, é resolver o problema do acúmulo de lixo. “A máquina tem um potencial muito grande para gerar energia através de insumos. O pneu usado, por exemplo, é um tipo de lixo muito indesejado. No processamento, a borracha seria transformada em energia e o metal ficaria separado, podendo ser reutilizado”, explicou. A máquina pode processar de 100 a 4.000kg de insumos/hora. O diretor do CCT avaliou que para funcionar com resíduos da casca da castanha de caju, precisaria de ajustes. “Só seria viável se o equipamento fosse fabricado aqui e tivesse suporte e manutenção locais. Ele tem um bom rendimento, mas é muito caro. O menor modelo custa cerca de 700 mil euros´, pontuou.
Por Guto de Castro Neto (Repórter do Diário do Nordeste).
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=580357

Achei esta notícia animadora, se o que dizem é verdade. Vou pesquisar mais, pois fiquei curiosa sobre esta “energia limpa”. Pode ser uma das alternativas de destino do tão indesejado lixo.
Mas lembro que só é lixo o material no fim de sua vida útil ou que não pode ser reutilizado ou reciclado.

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