domingo, 21 de dezembro de 2008

CAMPANHA "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" - NÃO PERMITA QUE AS TRAGÉDIAS SE REPITAM EM SUA CIDADE!!!

Recebi o e-mail de divulgação da campanha abaixo do meu professor e estou repassando ...

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NÃO PERMITA QUE AS TRAGÉDIASSE REPITAM EM SUA CIDADE!
DIGA NÃOÀS ENCHENTES!
  • VERIFIQUE SE OS BUEIROS ESTÃO TODOS DESENTUPIDOS – RECLAME SE NÃO ESTIVEREM OU DESENTUPA VC MESMO, SE PUDER!
  • NÃO JOGUE E NÃO DEIXE JOGAR LIXO NOS RIOS, NAS RUAS E NOS TERRENOS BALDIOS. DENUNCIE !
  • SOLICITE LIMPEZA NOS CURSOS D’ÁGUA DAS REGIÕES ONDE OCORRERAM ENCHENTES.
  • SE NOTAR DERRUBADAS DE MATAS E INVASÕES EM ÁREAS DE RISCO, AVISE A DEFESA CIVIL OU A PM.
  • NÃO INVADA A FAIXA MARGINAL DE PROTEÇÃO DOS RIOS.
  • TERRAPLENAGENS E ATERROS SUSPEITOS PODEM PROVOCAR DESABAMENTOS. DENUNCIE !
  • NÃO EFETUE CONSTRUÇÕES SEM LICENCIAMENTO DOS ÓRGÃOS COMPETENTES E, SOBRETUDO, NÃO MEXA NAS ENCOSTAS SEM UM PROJETO ELABORADO POR PROFISSIONAL COMPETENTE, COM ART DO CREA E APROVADO PELA SUA PREFEITURA.
  • SE AS ÁGUAS COMEÇAREM A SUBIR, SAIA DA CASA IMEDIATAMENTE ... SUA VIDA VALE MUITO MAIS !
  • NÃO ENFRENTE INUNDAÇÕES COM O SEU CARRO. ELE PODE SER ARRASTADO PELA FORÇA DAS ÁGUAS.
  • A VÍTIMA PODE SER VOCÊ E SUA FAMÍLIA! AJUDE A EVITAR PREJUÍZOS E MORTES !

CAMPANHA DO INSTITUTO SOS RIOS DO BRASILÁGUA – QUEM USA, CUIDA! (PODE SER REPRODUZIDO, DEVE SER DISTRIBUÍDO E DIVULGADO, MAS NÃO ALTERADO).

Maiores informações: http://sosriosdobrasil.org/ ou e-mail: contato@sosriosdobrasil.org .

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AO LANÇARMOS ESTA CAMPANHA ESTAMOS CONSIDERANDO QUE NO VERÃO TEMOS UM CONSIDERÁVEL AUMENTO DAS PRECIPTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS EM NOSSAS COMUNIDADES, PROVOCANDO SÉRIOS PROBLEMAS E TRANSTORNOS PARA AQUELAS QUE NÃO ESTÃO DEVIDAMENTE PREPARADAS PARA AS CHAMADAS "CHUVAS DE VERÃO".
LAMENTAVELMENTE MUITOS DOS GOVERNANTES AINDA NÃO VALORIZAM AS OBRAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PROVOCADOS POR GRANDES TEMPORAIS QUE OCORREM NESSE PERÍODO. PARA RECUPERAR OS ESTRAGOS GASTAM MUITO MAIS DO QUE GASTARIAM NA SUA PREVENÇÃO.
OS BUEIROS ENTUPIDOS, OS CURSOS D' ÁGUA ASSOREADOS, COM TERRA, LIXO, PNEUS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS E TODA SORTE DE OBJETOS INSERVÍVEIS QUE SÃO LANÇADOS EM SEUS LEITOS PROVOCAM REPRESAMENTOS DAS ÁGUAS E DAÍ AS INUNDAÇÕES E ENCHENTES.
NORMALMENTE OS MAIS AFETADOS SÃO AS PESSOAS DE MENOR PODER AQUISITIVO, QUE MORAM EM CASAS E BARRACOS IMPROVISADOS, CONSTRUÍDOS PRECARIAMENTE NAS MARGENS DOS RIOS E NAS ENCOSTAS, EM LOCAIS DE ALTO RISCO E DE FÁCIL INUNDAÇÃO.
TAMBÉM SÃO AFETADAS RESIDÊNCIAS BEM CONSTRUÍDAS, COMÉRCIOS, INDÚSTRIAS E LOCAIS PÚBLICOS QUANDO NÃO SÃO TOMADAS MEDIDAS PREVENTIVAS PARA ESSE PERÍODO DAS CHUVAS.
ESTRADAS, PONTES, REDES DE ÁGUA, ESGOTO, GÁS E ATÉ SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO SÃO DESTRUÍDOS PELAS ÁGUAS E PELOS DESMORONAMENTOS, PROVOCANDO A PERDA DE MÓVEIS, ALIMENTOS, ROUPAS, VEÍCULOS, MORADIAS E MUITAS VEZES, PRECIOSAS VIDAS.
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AJUDE A PREVENIR TRAGÉDIAS, GRANDES PERDAS MATERIAIS E ATÉ MESMO A SALVAR VIDAS!
REPRODUZA ESSA CAMPANHA ATRAVÉS DE CÓPIAS COLOCADAS EM QUADROS DE AVISOS (EMPRESAS, ESCOLAS, IGREJAS, CLUBES). ENVIE E-MAILS ALERTANDO FAMILIARES, COLEGAS E AMIGOS.
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SE TIVER ACESSO A QUALQUER MÍDIA, OU COMUNICADORES DE RÁDIO E TELEVISÃO, SOLICITE A DIVULGAÇÃO DA CAMPANHA, SEJA SOLIDÁRIO E RESPONSÁVEL. FAÇA A SUA PARTE! SALVE VIDAS!
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INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL.
Divulgando, Promovendo e Valorizando quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

Água Brasil - Atlas digital lançado pela Fiocruz reúne dados sobre ...

Em 20/12/2008
Atlas digital lançado pela Fiocruz reúne dados sobre qualidade da água, saneamento e saúde nos municípios brasileiros.

O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, lançou o atlas digital Água Brasil, que reúne números a respeito da qualidade da água, saneamento e saúde nos municípios brasileiros.
Segundo os produtores, o sistema de visualização de indicadores ajuda a traçar um painel da água usada para consumo humano no país, estimulando o debate sobre a qualidade e cobertura dos serviços de saneamento básico. As informações estão disponíveis gratuitamente a técnicos de vigilância em saúde, gestores públicos, pesquisadores da área e demais interessados no tema.
Um dos objetivos do atlas é permitir o fornecimento de mapas temáticos e informações geográficas indispensáveis à análise do controle e monitoramento da qualidade da água consumida e dos riscos relacionados às condições gerais de saneamento, de modo a identificar as doenças de veiculação hídrica nos municípios brasileiros.
De acordo com o sistema, as principais enfermidades causadas pela água de baixa qualidade são cólera, leptospirose e hepatite A, além da mortalidade por diarréia em menores de 5 anos. A presença da dengue é também maior em locais em que moradores armazenam água de maneira imprópria.
A seleção dos indicadores e sua forma de apresentação em mapas e tabelas foram estabelecidas por um grupo de trabalho coordenado pelo Laboratório de Informações em Saúde do Icict/Fiocruz.
Participaram profissionais e pesquisadores da Universidade Federal da Bahia, Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério das Cidades e Agência Nacional das Águas, além das secretarias de Saúde estadual e municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Mais informações: http://www.aguabrasil.icict.fiocruz.br/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Feira de São Cristóvão já recebeu mais de 3 milhões de visitantes

Li a matéria abaixo do blog Diário do Rio de janeiro e fiquei animada em divulgar também este Centro da Cultura Nordestina de que gosto tanto.
Excelente local para dançar, comer e comprar artigos da cultura nordestina. Tem estacionamento próprio, 2 palcos para show, inúmeros restaurantes excelentes e muita gente animada.
Os restaurantes da feira abrem na hora do almoço de terça a quinta-feira e a "feira toda" abre a partir de 10h de sexta-feira até 22h de domingo, com todas as barracas e animação de bandas de forró e shows. Olhem o site da FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO para conhecer um pouco mais de sua história e ver a programação.


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A feira dos nordestinos está comemorando 3 milhões de visitas. Eu adoro o local e recomendo fortemente a picanha de carne de sol da barraca Porto do Sirigado.
Em seu ex-blog Cesar Maia comenta como foi transformar a bagunça da feira em um moderno centro de tradições nordestinas.

Feira na rua antes da obra:












Feira depois da obra da Prefeitura:









CENTRO DE TRADIÇÕES NORDESTINAS:

1. Lembrando: Em 2001, o Pavilhão de São Cristóvão estava abandonado há quase 30 anos. Todas as tentativas de revitalização foram frustradas. A "feira" nordestina, no entorno dele, foi se degradando e degradando o bairro Imperial. Em 2002 foi iniciado o processo de revitalização, incluindo os que efetivamente vendiam produtos com referência nordestina na feira. A importante presença nordestina no Rio seria garantia de sucesso. E foi.
2. O pavilhão foi transformado num shopping temático, com lojas e espaços para a cultura, a música, a dança nordestina. Criou-se o Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga. Inaugurado em 2004, seu funcionamento foi sendo aprimorado. Hoje é um extraordinário caso de sucesso e provavelmente o mais visitado equipamento temático do Brasil, com música ao vivo, restaurantes com comidas típicas, shows, lojas com produtos típicos, etc.

Fonte: A reportagem está sem o nome do autor, mas li no site Diário do Rio de Janeiro do dia 10/12/2008.

Peixes ensinam como gerar eletricidade em águas calmas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/12/2008.

[Imagem de Omar Jamil - Conceito artístico de uma série de equipamentos Vivace instalados no fundo de um rio ou do mar].

Quase toda a energia elétrica produzida no Brasil vem das hidroelétricas, que usam o desnível naturalmente encontrado em regiões de quedas d'água, usando a energia cinética da água represada para girar as turbinas que produzem a eletricidade.
Agora, cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriram uma nova tecnologia para gerar eletricidade a partir de correntes de água que se movem lentamente, como os rios em regiões sem cachoeiras ou mesmo o movimento dos oceanos.

Energia de águas calmas
O equipamento, batizado de Vivace, é capaz de gerar eletricidade utilizando cursos de água que se movimentam a pouco mais de 3 km/h (2 nós). Isso transformaria praticamente todos os rios do planeta em fontes exploráveis para a geração de energia.
Vivace é uma sigla para Vortex Induced Vibrations for Aquatic Clean Energy. A idéia nasceu da observação dos peixes e de como eles lidam com as turbulências para se movimentar de forma eficiente. Essa nova forma de exploração da energia hidrocinética não depende de ondas, marés, turbinas e nem represas - apenas das vibrações induzidas pelos redemoinhos.

Vibrações induzidas por vórtices
Vibrações induzidas por vórtices são ondulações que um objeto redondo ou cilíndrico induz no fluxo de um fluido, seja a água ou o ar. A presença do objeto induz mudanças no fluxo do fluido, criando redemoinhos, ou vórtices, que se formam em um padrão nos lados opostos do objeto. Os vórtices empurram e puxam o objeto para a direita e para a esquerda, perpendicularmente à corrente.
"Nos últimos 25 anos, os engenheiros - eu inclusive - vínhamos tentando suprimir essas vibrações induzidas pelos vórtices. Mas agora nós estamos fazendo o oposto. Nós melhoramos as vibrações e domamos essa poderosa e destrutiva força da natureza," conta o Dr. Michael Bernitsas.

Inspirado nos peixes
Os peixes fazem isso o tempo todo, usando as forças dos vórtices para se mover de forma eficiente.
"O Vivace copia alguns aspectos da tecnologia dos peixes," diz Bernitsas. "Os peixes curvam seus corpos para deslizar entre os vórtices criados à sua frente. Apenas seus músculos não poderiam impulsioná-los através da água na velocidade em que nadam," explica ele.
O protótipo mostra a simplicidade do projeto e dá a entender que a adoção do princípio na prática pode ser bastante simples. O aparelho consiste unicamente de um cilindro ligado a algumas molas. Os testes foram feitos em um tanque no qual a água flui a 1,5 nó.
A simples presença do Vivace na corrente de água cria vórtices alternados acima e abaixo dele. Os vórtices empurram e puxam o cilindro para cima e para baixo ao longo de suas molas. Esta energia mecânica é utilizada para acionar um gerador, que produz a eletricidade.

Necessidades de energia do mundo
"Não há uma solução única para as necessidades de energia do mundo. Mas se nós usarmos apenas 0,1 por cento da energia dos oceanos, nós poderemos produzir a energia necessária para uma população de 15 bilhões de pessoas," diz o engenheiro.
Segundo seus cálculos, a energia dos vórtices poderá ser gerada em larga escala a um custo de US$0,055 por kilowatt/hora (kW/h). A energia eólica hoje custa US$0,069 por kW/h e a energia nuclear ao redor de US$0,046. Dependendo do local onde é produzida, a energia solar fica entre US$0,16 e US$0,48 kW/h.

Os pesquisadores planejam fazer o primeiro teste da nova tecnologia em escala piloto em 18 meses.

Fonte: Inovação Tecnológica / University of Michigan

Nanomateriais podem causar danos à saúde e ao meio ambiente (contém 3 matérias importantes)

Com os pesados investimentos sendo feitos no Primeiro Mundo em pesquisa em nanotecnologia, cientistas andam meio receosos de que as novidades nessa área estejam ocorrendo rápido demais. (...)

Nanotecnologia tem a ver com o controle da matéria na escala atômica ou molecular, lidando com minúsculas estruturas com tamanhos na ordem de um nanômetro, que equivale à milionésima parte do milímetro. Para ficar mais fácil visualizar a pequeninez dessa medida, se o globo terrestre tivesse um metro de diâmetro, uma bolinha de gude teria um nanômetro de diâmetro. Agora, imagine a complexidade tecnológica de desenvolver materiais e dispositivos em escala tão diminuta.
As aplicações da nanotecnologia incluem mecânica, eletrônica, cosméticos, medicamentos, alimentação, biologia, química, engenharia, robótica, física e por aí vai. (...)
Uma nanoestrutura bem famosa são os nanotubos de carbono, que em alguns casos são associados ao risco de câncer no pulmão e de mesotelioma, um tipo de câncer usualmente causado por inalação de amianto.
Descobriu-se também que nanopartículas de prata usadas no tecido de meias para reduzir odores desagradávels (leia-se chulé) são eliminadas na lavagem. Como são bacteriostáticas, essas nanopartículas podem destruir bactérias benignas importantes que têm a função de degradar matéria orgânica em usinas de processamento de lixo.
Além disso, um estudo da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriu que nanopartículas inaladas por ratos ficaram alojadas no cérebro e no pulmão, elevando os biomarcadores indicativos de inflamação e estresse.
Há também incertezas quanto ao impacto ambiental causado por essas nanoestruturas, o que vem motivando a realização de análises que infelizmente são muito mais lentas do que a velocidade com que surgem as inovações nesse ramo de pesquisa.
De acordo com um relatório da empresa Lux Research (tinyurl.com/lux-research), as grandes corporações têm sido os maiores propulsores da comercialização de produtos nanotech, já tendo despendido mundialmente entre US$ 6,6 bilhões e US$ 13,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Só este ano a média de gastos das empresas americanas deve chegar a US$ 33 milhões em pesquisa e desenvolvimento em nanotecnologia. A expectativa é que esse total aumente para US$ 39 milhões em 2010. (...)
Na maioria dos países, a regulamentação ainda é vaga com relação ao uso de nanomateriais e procedimentos envolvendo nanotecnologia em laboratórios e locais de trabalho, e a questões de comercialização e uso de produtos químicos, produtos de consumo incorporando nanopartículas livres, produtos para uso na pele e nos cabelos, além de medicamentos e dispositivos médicos, entre outros materiais.

Fonte: O Globo, 01/12/2008.


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N.E.: Embora não exista em nenhum país uma regulamentação adequada para o uso de nanotematerias e pouquíssimo se tenha estudado sobre seus riscos, a tecnologia já está sendo usada por diversas indústrias e os consumidores já estão tendo contato com estes novos produtos inadvertidamente. No Boletim 418 divulgamos uma pesquisa realizada pela organização inglesa Which?, que escreveu para 67 empresas de cosméticos perguntando sobre o uso da tecnologia. A maioria das principais empresas do setor, incluindo a Nívea, Avon, L’Oréal, Unilever, Korres, The Body Shop, Boots e The Green People, declararam que usam nanotecnologia em seus filtros solares e produtos “anti-idade”.

Fonte: Portal do Meio Ambiente / Imprensa MST.


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Nanotecnologia oferece riscos à população ainda desconhecidos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/11/2006

A sociedade está sendo colocada em risco com a disseminação de materiais e equipamentos frutos da nanotecnologia devido a uma falta de entendimento claro de seus riscos. Esta é a conclusão de uma equipe de 14 importantes cientistas internacionais, apresentada em um artigo publicado na revista Nature.
O artigo, intitulado Manuseio Seguro da Nanotecnologia, identifica cinco grandes desafios que deverão ser vencidos para que a nanotecnologia possa alcançar todo o seu potencial.
"O espectro de danos possíveis - sejam reais ou imaginários - ameaçam frear o desenvolvimento da nanotecnologia, a menos que informações sólidas, independentes e confiáveis sejam desenvolvidas sobre quais são os riscos e como evitá-los," diz Andrew Maynard, um dos autores do artigo.
"Os medos sobre os possíveis perigos de algumas nanotecnologias podem ser exagerados, mas eles não são necessariamente infundados," diz o artigo. "Estudos recentes examinando a toxicidade de nanomateriais sintéticos em culturas celulares e em animais mostraram que o tamanho, a área superficial, a química superficial, a solubilidade e possivelmente o formato, todos desempenham um papel no potencial dos nanomateriais em causarem danos."
Segundo os pesquisadores, são cinco os grandes desafios que deverão ser vencidos para que a nanotecnologia possa ser totalmente desenvolvida sem apresentar riscos para a população. Esses desafios envolvem o desenvolvimento de:
  1. instrumentos para avaliar a exposição ambiental aos nanomateriais;
  2. métodos para avaliar a toxicidade dos nanomateriais;
  3. modelos para prever o impacto potencial de novos nanomateriais sintetizados;
  4. formas de avaliar o impacto dos nanomateriais ao longo de seu ciclo de vida;
  5. programas estratégicos para permitir pesquisas sobre os riscos da nanotecnologia.

Bibliografia: Safe Handling of Nanotechnology. Andrew D. Maynard, Robert J. Aitken, Tilman Butz, Vicki Colvin, Ken Donaldson, Günter Oberdörster, Martin A. Philbert, John Ryan, Anthony Seaton, Vicki Stone, Sally S. Tinkle, Lang Tran, Nigel J. Walker, David B. Warheit. Nature15 November 2006. DOI: 10.1038/444267a. http://www.nature.com/news/2006/061113/full/444267a.html

Fonte: Inovação Tecnológica

Qual a sustentabilidade que lhe toca?

Por Armindo dos Santos de Sousa Teodósio* - Em 8/12/2008.

As últimas eleições mobilizaram corações e mentes de muitos brasileiros. Passado o turbilhão eleitoral, a vida continua e, infelizmente, muitos só vão voltar a se preocupar com a política daqui a quatro anos. Para outros, muito mobilizados pelas causas sociais e ambientais, mas pouco afeitos a acompanhar o jogo político, percebido na maioria das vezes como "briga de cachorro grande", cheia de manhas e tramas, os debates políticos nas cidades pouco importam.
No entanto, de que vale ser sintonizado com o consumo consciente e não pensar no futuro do lugar no qual se vive? De que vale cobrar transparência de empresas que causam impacto ambiental e social, quando não se demanda transparência daqueles que governam a cidade? Para muitos leitores, essas colocações podem parecer absurdas, pois a consciência socioambiental não teria limites entre o público e o privado, o estatal e o empresarial, o individual e o coletivo. No entanto, é com pesar que reconheço que esses limites existem, para o conforto de muitos ambientalistas e ativistas sociais de final de semana, extremamente afeitos a cobrar e responsabilizar gregos e troianos pelos problemas que enfrentamos na sociedade e no meio ambiente, mas pouco propensos, consciente e inconscientemente, a enxergar a trave em seus próprios olhos.
Agora, com a posse dos novos prefeitos e câmaras legislativas municipais é que começam realmente os desafios socioambientais. É a hora de fazer política, sem necessariamente recorrer aos partidos políticos, mas fazer política com o "p" maiúsculo que essa expressão carregava quando apareceu pela primeira vez entre os gregos: viver na polis, na cidade. Viver, conviver e debater os grandes temas que importam à sustentabilidade nas cidades.
Os céticos ainda podem argumentar que, fora dos eixos dos grandes municípios brasileiros, pouco ou nada há de relevante para se discutir e fazer. Ledo engano. Sem querer negar a importância e a força dos grandes municípios, cabe também colocar cada coisa em seu lugar. Existem milhares de cidades no Brasil e são nelas, e não apenas nos grandes centros urbanos, que vivem os brasileiros. Dados do IBGE demonstram claramente a tendência de crescimento mais acelerado das médias cidades brasileiras do que dos grandes núcleos urbanos.
Além disso, qualquer pessoa minimamente iniciada nos dilemas do desenvolvimento sustentável, ou seja, que sabe dos problemas e desafios da sustentabilidade e não apenas a enxerga como solução mágica para tudo e todos, também compreende que é no local que se constroem as soluções sustentáveis. Isso é o que Edgard Morin chama de desenvolvimento endógeno, aquele construído a partir das alternativas de cada comunidade, com seu estilo próprio de vida rumo ao uso sustentável do seu patrimônio natural, social, econômico e cultural.
Mas, a democracia profunda, que ainda estamos por construir no Brasil que comemora 20 anos de sua "Constituição Cidadã", também não é nada fácil de ser conquistada. Aqui cabe o cuidado de driblar os "neochatos" autocráticos de plantão, que sempre encontram algum argumento para criticar processos de construção do desenvolvimento sustentável que são mais ousados em termos democráticos. Demora excessiva, conflito ampliado, incapacidade operacional e outras tantas críticas se somam no rol dos tecnocratas do desenvolvimento sustentável, que nunca admitem isso publicamente, mas quando constroem seus planos mirabolantes de salvamento do mundo sempre voltam à baila em suas mentes, do alto de seus escritórios nas grandes empresas, organismos internacionais, governos centrais e ONGs globais. Por isso é que também já faz quase vinte anos que o genial artigo "Sustainable Development: a critical review" de Sharachchandra Lélé, publicado no World Development, apontava para as armadilhas de um desenvolvimento sustentável participativo, implementado sobretudo na África, que confundia descentralização de responsabilidades com participação comunitária, socializando problemas e centralizando recursos e capacidades.
Como destaca Renato Janine Ribeiro, professor de filosofia política na USP, temos 2000 anos ou mais de experimentalismo autoritário e apenas 200 anos de vivência democrática mais fundamentada, pois o ideário democrático grego nunca foi tão inclusivo quanto poderíamos pensar, além de ter sido esquecido durante séculos, até ressurgir, ressignificado, nas revoluções americana e francesa.
No caso dos municípios brasileiros, a descentralização remonta também à "Constituição Cidadã". Mas, bem distante do pessimismo desinformado que faz a cabeça da classe média brasileira, há excelentes experiências municipais e locais brasileiras, que são verdadeiros exemplos da sustentabilidade possível e que, até antes de acontecerem, eram tidas como impossíveis por muitos. Em todas essas localidades um elemento sempre se destaca: o engajamento dos cidadãos para além de suas obrigações eleitorais. Alguns podem dizer: mas já faço a minha parte ao consumir. O reflexo do comodismo eleitoral (o simples ato de votar) no mercado é o consumo consciente, tomado como mudança individual de hábitos rumo ao uso racional dos recursos naturais.
Assim, caro leitor, chegou a hora de saber se a sustentabilidade que lhe toca é apenas essa da poltrona confortável na qual lê a Plurale ou é aquela que está viva nas ruas, seja através de um catador de recicláveis que se organiza em cooperativas, da dona de casa que decide ir além do simples ato de trocar a sacola plástica pela de pano, criando um movimento de consumo responsável ou dos cidadãos que decidiram acompanhar de perto as ações de seus governantes, através do conselho municipal de meio ambiente. Qual a sustentabilidade que lhe toca com a posse dos novos gestores públicos municipais?

* Armindo dos Santos de Sousa Teodósio é Professor da PUC Minas e Faculdade ASA de Brumadinho. Doutorando em Administração de Empresas pela EAESP/FGV, Mestre em Ciências Sociais (Gestão de Cidades) pela PUC Minas e graduado em Ciências Econômicas pela UFMG. Pesquisador especializado em Gestão Social e do Meio Ambiente, integrante do NUPEGS/PUC Minas, do Núcleo de Estudos do Meio Ambiente da EAESP-FGV e do grupo de pesquisa "Emancipação e Cidadania" da PUC RS.

Fonte: Portal do Meio Ambiente / Liz - Agente da Paz / Envolverde / Revista Plurale.

Energia Eólica - Avanços e Atrasos‏

Publicado por Luiz Prado em 05/12/2008.

O governo da Inglaterra deu, ontem, o sinal verde para a implantação da maior “fazenda de ventos” já construída em mar aberto no mundo. O novo projeto, situado a 15 quilômetros da costa do País de Gales, tem capacidade para suprir de energia cerca de 500.000 casas. Esse não é o primeiro grande projeto de energia eólica já implantado na Inglaterra e outros já se encontram em análise para aprovação.
Os projetos europeus de energia eólica são voltados tanto para reduzir as emissões de gases causadores de mudanças climáticas quanto para garantir a segurança energética dos países. Projetos desse tipo – ainda que até agora não em mar aberto – há muito são incentivados nos EUA, com isenções de tarifas, com regulamentação apropriada e apoio massivo apoio governamental à pesquisa e ao desenvolvimento (uma forma de subsídio não considerado nos tratados de livre comércio).
Nos EUA, que é uma república de verdade, onde estados e cidades tomam as suas decisões sem esperar pelo governo federal e sem as chatices de um Ministério Público o tempo todo nos calcanhares da administração, há muitos grandes projetos de energia eólica em andamento. A cidade de Nova York terá 25% de sua energia elétrica proveninete dessa fonte já em 2013.
O Brasil não tem tecnologia própria para a geração eólica de energia, avança a passos de cágado na sua adoção, e a sociedade acabará pagando o usual “pedágio” aos países sérios para usar o vento incidente em seu território e litoral. Parte desse atraso de deve, talvez, ao fato de que parques eólicos não dão dinheiro para empreiteiras. Mas o fato é que educação e tecnologia não recebem a necessária ênfase no país, que está longe de se constituir numa sociedade de conhecimento distanciando-se cada vez áté mesmo de países como China e Índia.
Aqui, vale lembrar um episódio curioso. Há alguns anos, propôs-se o uso de energia eólica em Fernando de Noronha, onde os ventos são abundantes. O suprimento de energia elétrica da ilha é feito, hoje, por uma usina térmica a óleo lá deixada pelas tropas norte-americanas em meados da década de 40 e “recondicionada” pela concessionária local. As emissões de gases causadores de mudanças climáticas são óbvias, mas o grave mesmo é o custo do transporte de óleo de continente à ilha, uma distância de 540 quilômetros. A empresa que tinha (ou tem) o contrato de transporte do óleo não gostou nada da proposta de implantar turbinas eólicas, espalhou que isso resultaria na morte de pássaros, alguns ambientalistas otários acreditaram na lorota ou ganharam um jabá, e a proposta caiu no esquecimento.
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Um belo projeto de energia eólico que seria implantado em Arraial do Cabo foi vetado pelas autoridades aeronáuticas sob a medíocre alegação de que seria um risco para o semi-paralisado aeroporto de Cabo Frio. O então secretário de estado de Meio Ambiente e hoje ministro Carlos MInc conseguiu negocia uma relocalização de algumas torres de turbinas de maneira a permitir que não interferissem no cone de aproximação das aeronaves. Os ventos da região de Cabo Frio e Arraial do Cabo são extremamente favoráveis a projetos de energia eólica. Espera-se, agora, que o “ambientalismo” ocorrido em Fernado de Noronha não leve o MP a atropelar o avanço das energias renováveis com base em apelos sem fundamentos de ONGs.

Fonte: Luiz Prado Blog.

Megaportal sobre mudanças climáticas entra no ar no dia da abertura da COP 14

Site multimídia reúne e organiza informação sobre o tema e facilita trabalho de jornalistas e pesquisadores em geral - Em 28/11/2008

Nesta segunda-feira 1, quando tem início em Poznan, na Polônia, a 14ª Conferência das Partes (COP-14) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), entra no ar o portal http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/, verdadeira enciclopédia ecológica destinada exclusivamente ao tema das mudanças climáticas. A iniciativa é da Embaixada do Reino Unido no Brasil, do Conselho Britânico – Brasil e da Agência de Notícia dos Direitos da Infância – ANDI.

Sempre atualizado e com material em português, o portal vem enriquecer e facilitar a cobertura do tema pela imprensa, assim como a realização de pesquisas e trabalhos tanto acadêmicos quanto de outros níveis de ensino. Trata o assunto ‘mudanças climáticas’ de forma clara, acessível e abrangente. Oferece informações e reflexões contextualizadas, de maneira que o fenômeno apresente-se como de fato é: uma questão transversal, ou seja, que afeta todos os setores da sociedade. Para isso, conta com recursos extras, como vídeos, gravações de depoimentos, fotografias, entrevistas e artigos livres de copyright, desde que citadas as fontes. Especialmente aos jornalistas, devem interessar o glossário de termos da área e, sobretudo, o banco de pautas.

Alguns exemplos do vasto cardápio do portal:
• Conceitos e definições.
• A agenda do clima.
• Busca de alternativas.
• Ciência do clima.
• Causas, impactos, soluções.
• Críticas e contrapontos.
• Políticas públicas.
• Clima e imprensa.

De fácil navegação, o site permite tanto consultas rápidas quanto pesquisas mais profundas. A vasta relação de links para outros sites de temática semelhante facilita o trabalho de quem, depois de consultar o portal, desejar ainda mais informação ou dados específicos.

“Esse trabalho é o coroamento de uma iniciativa que o governo britânico e a ANDI vêm desenvolvendo já há algum tempo, que consiste em estimular a imprensa a cobrir mais e melhor o tema das mudanças climáticas. Antes do portal, lançamos uma análise de mídia que apontava o estado da arte da cobertura jornalística nessa área, e o site vem reforçar a necessidade, identificada na pesquisa, de uma melhor contextualização do tema, uma visão de conjunto que permita à sociedade construir respostas efetivas a esse fenômeno planetário”, observa o diretor executivo da ANDI, Veet Vivarta".

Curiosidade: Planilha ecológica

No site da ABES/AL existe uma “Planilha Ecológica” (clique no nome para acessar), que serve para calcular quantas árvores precisa plantar para neutralizar usa emissão de carbono.

É só preciso preencher os campos em amarelo, que automaticamente a tabela lhe diz quantas árvores precisa plantar por ano para neutralizar a emissão de carbono que você emite.

Essa Planilha está disponível no site da
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária de Alagoas.

Fonte: http://www.abes.al.org.br/ (acesso em 29/11/08)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Doações para os desabrigados de Santa Catarina‏ e Campos

Recebi o e-mail abaixo de uma grande amiga e estou divulgando.
No meu trabalho todos se mobilizaram também e estão recolhendo no prédio mesmo para encaminhar através do transporte da empresa para o corpo de bombeiros.

Abaixo tem informações sobre os postos de coleta:
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Milhares de brasileiros estão passando por dificuldades devido às enchentes que assolaram o estado de Santa Catarina e mais recentemente a cidade de Campos no Norte Fluminense.

O corpo de bombeiros do Rio de Janeiro está recebendo doações para encaminhar para ambos os locais.

Acho que não é favor e sim obrigação nossa ajudar pelo menos um pouco fazendo doações.

De acordo com o CBMERJ, a maior necessidade é de:

· Fralda descartável (pacote);
· Absorvente (pacote);
· Água mineral;
· Alimentos não perecíveis (arroz, feijão, óleo de soja, açúcar, pó de café, macarrão e leite em pó);
· Produtos de limpeza (sabão em pó, cloro, sabão em barra, balde);
· Higiene pessoal (creme dental, sabonete, escova dental, papel higiênico);
· Roupas (casacos, calças e camisas unisex e roupas de crianças unisex);
· Sapatos, chinelos, sandálias (aos pares, amarrados uns aos outros).

Vamos nos mobilizar?

Para doações a Santa Catarina, os seguintes quartéis estão recebendo doações:

· GOCG - Grupamento Opercional do Comando Geral - Pça. da República, 45 - Centro - RJ;
· 1º GBM - Humaitá - Rua Humaitá, 126;
· 2º GBM - Méier - Rua Aristides Caire, 56;
· 3º GBM - Niterói - Rua Marquês do Paraná, 134 - Centro;
· 4º GBM - Nova Iguaçú - Av. Governador Roberto da Silveira, 1221 - Posse;
· 8º GBM - Campinho - Rua Domingos Lopes, 336;
· 11º GBM - Vila Isabel - Rua 8 de dezembro, 456;
· DBM 2/11 - Grajaú - Rua Marechal Jofre, 80;
· 12º GBM - Jacarepaguá - Rua Henriqueta, 99 - Tanque;
· 13º GBM - Campo Grande - Av. Cesário de Mello, 3.226;
· 17º GBM - Copacabana - Rua Xavier da Silveira, 120;
· 19º GBM - Ilha do Governador - Est. do Galeão, s/nº - Guarabú;
· 2º GMar - Barra da Tijuca - Av. Lucio Costa, s/nº;
· 3º GMar - Copacabana - Pça. Cel Eugênio Franco, 02;
· 1º GBS - Barra da Tijuca - Av. Ayrton Senna, 2001;
· DGDeC - Pça. da Bandeira - Av. Oswaldo Aranha, 156;

Para doações aos desabrigados de Campos - RJ, o batalhão da Praça da Bandeira está recebendo doações.
Vamos fazer o mínimo? Não custa nada!

Todos estão sujeitos a passar pela mesma situação e nesses casos a solidariedade é o que faz a diferença!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Campanha TEATRO PARA TODOS 2008

TEATRO PARA TODOS é uma iniciativa e realização da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro. A idéia é revitalizar, aproximar e renovar o público teatral, além de contribuir na formação de novas platéias. Durante 31 dias o carioca poderá desfrutar e apreciar os melhores espetáculos em cartaz na cidade a preços acessíveis.

A 6ª Campanha TEATRO PARA TODOS acontece de 21 de novembro a 21 de dezembro de 2008. Em sua sexta edição, a Campanha consagrou-se como um dos maiores eventos teatrais cariocas. Este ano, 60.900 ingressos estão disponibilizados para o público, totalizando 44 espetáculos, entre adultos e infantis. Os maiores sucessos da temporada teatral poderão ser adquiridos a preços populares: R$ 5,00; R$ 10,00; R$ 15,00, R$ 20,00 e R$ 25,00.

Os ingressos estarão à venda no quiosque fixo da campanha, instalado na Cinelândia, no quiosque volante, que irá percorrer diversos bairros da cidade, pelo site da Ingresso.com, Modern Sound, postos Petrobrás credenciados, Posto Shell (São Bento, Niterói) e Lojas Americanas e Americanas Express.

Pontos de venda de ingressos:

Os ingresso também estão à venda nos pontos abaixo, espalhados por todo o Rio e Grande Rio.

Duque de Caxias ; Niterói ; Rio de Janeiro ; São Gonçalo ; São João de Meriti.


Peças participantes da campanha:

ADULTO
A arte de escutar ; A noviça rebelde ; A vigilante - uma comédia de peso ; Às favas com os escrúpulos ; Beatles num céu de diamantes ; Cabaré da RRRraça ; Cazuza - jogado a teus pés
Clandestinos ; Comédia em pé ; De mim que tanto falam ; Determinadas pessoas - Weigel ; 2 p/ viagem ; Enfim, nós ; Ensina-me a viver ; Farsa ; Francisco Alves - o rei da voz ; Os homens querem casar e as mulheres querem sexo ; Inquieto coração ; Inveja dos anjos ; Inventário
Minha mãe é uma peça ; Monstra ; Mulheres de Machado ; Ó pai ó ; Opereta carioca ; Os difamantes ; Pássaro da noite ; Quartett ; Retratos de uma bossa ; Riso solto - a comédia ; 7, o musical - TEMPORADA ENCERRADA ; Soh ; Sonho de uma noite de verão ; Terapia do riso ; Traição ; Um certo Van Gogh.

INFANTIL
A, B, C do corpo humano ; Áfricas ; Alice no país das maravilhas ; Auto alegria - uma comédia musical de Natal ; Cyrano ; Escola musical - o show ; Flor do serrado ; Tecendo Vassalissa.

Fonte: http://www.teatroparatodos.com.br/

Uma reflexão sobre a Tragédia em Santa Catarina

Em 3/12/2008
As imagens de morros caindo, de desespero e morte, de casas, animais e automóveis sendo tragados por lama e água, vivenciadas por centenas de milhares de pessoas no Vale do Itajaí e Litoral Norte Catarinense nos últimos dias, são distintas, e muito mais graves, das experiências de enchentes que temos na memória, de 1983 e 1984.
Por que tudo aconteceu de forma tão diferente e tão trágica? Será que a culpa foi só da chuva, como citam as manchetes? Nossa intenção não é apontar culpados, mas mencionar alguns fatos para reflexão, para tentar encaminhar soluções mais sábias e duradouras, e evitar mais e maiores problemas futuros.
Houve muita chuva sim. No médio vale do Itajaí ocorreu mais que o dobro da quantidade de chuva que causou a enchente de agosto de 1984. Aquela enchente foi causada por 200 mm de chuva em todo o Vale do Itajaí. Agora, em dois dias foram registrados 500 mm de precipitação, ou seja, 500 litros por metro quadrado, mas somente no Médio Vale e no Litoral.
A quantidade de chuva de fato impressiona. Segundo especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a floresta amazônica é a principal fonte de precipitações de grande parte do continente e tudo o que acontecer com ela modificará de maneira decisiva o clima no Sul e no norte da América do Sul. Assim, as inundações de Santa Catarina e a seca na Argentina seriam atribuídas à fumaça dos incêndios florestais, que altera drasticamente o mecanismo de aproveitamento do vapor d'água da floresta amazônica. Outros especialistas discordam dessa hipótese e afirmam que houve um sistema atmosférico perfeitamente possível no Litoral Catarinense.
Existe uma periodicidade de anos mais secos e anos mais úmidos, com intervalo de 7 a 10 anos, e entramos no período mais úmido no ano passado. Esse mecanismo faz parte da dinâmica natural do clima. De qualquer forma, outros eventos climáticos como esse são esperados e vão acontecer.
Mas o Vale do Itajaí sabe lidar com enchentes melhor do que qualquer outra região do país. Claro que muito pode ser melhorado no gerenciamento das cheias, à medida que as prefeituras criarem estruturas de defesa civil cada vez mais capacitadas e à medida que os sistemas de monitoramento e informação foremsendo aperfeiçoados.
De todos os desastres naturais, as enchentes são os mais previsíveis, e por isso mais fáceis de lidar. Os deslizamentos e as enxurradas não. Esses são praticamente imprevisíveis, e é aí que reside o real problema dessa catástrofe.
É preciso compreender que chuvas intensas são parte do clima subtropical em que vivemos. E é por causa desse clima que surgiu a mata atlântica. Ela não é apenas decoração das paisagens catarinenses, tanto como as matas ciliares não existem apenas para enfeitar as margens de rios. A cobertura florestal natural das encostas, dos topos de morros, das margens de rios e córregos existe para proteger o solo da erosão provocada por chuvas, permite a alimentação dos lençóis d´água e a manutenção de nascentes e rios, e evita que a água da chuva provoque inundações rápidas (enxurradas).
A construção de habitações e estradas sem respeitar a distância de segurança dos cursos d’água acaba se voltando contra essas construções como um bumerangue, levando consigo outras infra-estruturas, como foi o caso do gasoduto. Esse é um dos componentes da tragédia.
Já os deslizamentos, ou movimentos de massa, são fenômenos da dinâmica natural da Terra. Mas não é o desmatamento que os causa. A chuva em excesso acaba com as propriedades que dão resistência aos solos e mantos de alteração para permanecerem nas encostas. O grande problema de ocupar encostas é fazer cortes e morar embaixo ou acima deles. Há certas encostas que não podem ser ocupadas por moradias, principalmente as do vale do Itajaí, onde o manto de intemperismo, pouco resistente, se apresenta muito profundo e com vários planos de possíveis rupturas (deslizamento), além da grande inclinação das encostas. E é aí que começa a explicação de outra parte da tragédia que estamos vivendo.
A ocupação dos solos nas cidades não tem sido feita levando em conta que estão assentadas sobre uma rocha antiga, degradada pelas intempéries, e cuja capacidade de suporte é baixa. Através dos cortes aumenta a instabilidade. As fortes chuvas acabaram com a resistência e assim o material deslizou.
A ocupação do solo é ordenada por leis municipais, os planos diretores urbanos. Esses planos diretores definem como as cidades crescem, que áreas vão ocupar e como se dá essa ocupação. Por falta de conhecimento ecológico dos poderes executivo, judiciário e legislativo (ou por não leva-lo em consideração), o código florestal tem sido desrespeitado pelos planos diretores em praticamente todo o Vale do Itajai, e também no litoral catarinense, sob a alegação de que o município é soberano para decidir, ou supondo que a mata é um enfeite desnecessário. Da mesma forma, as encostas têm sido ocupadas, cortadas e recortadas, à revelia das leis da Natureza.
Trata-se de uma falta de compreensão que está alicerçada na idéia, ousada e insensata, de que os terrenos devem ser remodelados para atender aos nossos projetos, em vez de adequarmos nossos projetos aos terrenos reais e sua dinâmica natural nos quais irão se assentar.
A postura não é diferente nas áreas rurais, onde a fiscalização ambiental não tem sido eficiente no controle de desmatamentos e intensidade de cultivos em locais impróprios, como mostram as denúncias frequentes veiculadas nas redes que conectam ambientalistas e gestores ambientais de toda região. A irresponsabilidade se estende, portanto, para toda a sociedade.
Deslizamentos, erosão pela chuva e ação dos rios apresentam fatores condicionantes diferentes, mas todos fazem parte da dinâmica natural. A morfologia natural do terrreno é uma conquista da natureza, que vai lapidando e moldando a paisagem na busca de um equilíbio dinâmico. Erode aqui, deposita ali e assim vai conquistando, ao longo de milhões de anos, uma estabilidade dinâmica. O que se deve fazer é conhecer sua forma de ação e procurar os cenários da paisagem onde sua atuação seja menos intensa ou não ocorra.
As alterações desse modelado pelo homem foram as principais causas dos movimentos de massa que ocorreram em toda a região. Portanto, precisamos evoluir muito na forma de gestão urbana e rural e encontrar mecanismos e instrumentos que permitam a convivência entre cidade, agricultura, rios eencostas.
Por isso tudo, essa catástrofe é um apelo à inteligência e à sabedoria dos novos ou reeleitos gestores municipais e ao governo estadual, que têm o desafio de conduzir seus municípios e toda Santa Catarina a uma crescente robustez aos fenômenos climáticos adversos. Não adianta reconstruir o que foi destruído, sem considerar o equívoco do paradigma que está por trás desse modelo de ocupação. É necessário pensar soluções sustentáveis. O desafio é reduzir a vulnerabilidade.
Uma estranha coincidência é que a tragédia catarinense ocorreu na semana em que a Assembléia Legislativa concluiu as audiências públicas sobre o Código Ambiental, uma lei que é o resultado da pressão de fazendeiros, fábricas de celulose, empreiteiros e outros interesses, apoiados na justa preocupação de pequenos agricultores que dispõe de pequenas extensões de terra para plantio.
Entre outras propostas altamente criticadas por renomados conhecedores do direito constitucional e ambiental, a drástica redução das áreas de preservação permanente ao longo de rios, a desconsideração de áreas declivosas, topos de morro e nascentes, além da eliminação dos campos de altitude (reconhecidas paisagens de recarga de aqüíferos) das áreas protegidas, são dispositivos que aumentam a chance de ocorrência e agravam os efeitos de catástrofes como a que estamos vivendo. Alega o deputado Moacir Sopelsa que a lei ambiental precisa se ajustar à estrutura fundiária catarinense, como se essa estrutura fundiária não fosse, ela mesma, um produto de opções anteriores, que negligenciaram a sua base de sustentação.
Sugerimos que os deputados visitem Luiz Alves, Pomerode, Blumenau, Brusque, só para citar alguns municípios, para aprender que a estrutura fundiária e a urbana é que precisam se ajustar à Natureza. Dela as leis são irrevogáveis e a tentativa de revogá-las ou ignorá-las custam muitas vidas e dinheiro público e privado.
É hora de ter pressa em atender os milhares de flagelados. Não é hora de ter pressa em aprovar uma lei que torna o território catarinense ainda mais vulnerável para catástrofes naturais.

Prof. Dra. Beate Frank (FURB, Projeto Piava); Prof. Dr. Antonio Fernando S. Guerra (UNIVALI); Prof. Dra. Edna Lindaura Luiz (UNESC); Prof. Dr. Gilberto Valente Canali (Ex-presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos); Prof. Dr. Hector Leis (UFSC); João Guilherme Wegner da Cunha (CREA/CONSEMA); Prof. Dr. Juarês Aumond (FURB); Prof. Dr. Julio Cezar Refosco (FURB); Prof. Dr. Lino Fernando Bragança Peres (UFSC); Prof. Dra. Lúcia Sevegnani (FURB); Prof. Dr. Luciano Florit (FURB); Prof. Dr. Luiz Fernando P. Sales (UNIVALI); Prof. Dr. Luiz Fernando Scheibe (UFSC); Prof. Dr. Marcus Polette (UNIVALI); Prof. Dra. Noemia Bohn (FURB); Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular - NESSOP (UFSC); Prof. Dra. Sandra Momm Schult (FURB); Equipe do Projeto Piava (Fundação Agência de Água do Vale do Itajaí).
Se você também quer uma discussão mais aprofundada sobre o Código Ambiental e deseja que os parlamentares saibam disso, acesse o site www.comiteitajai.org.br/abaixoassinado

Fonte: Envolverde / Apremavi.